OEMs chineses Huawei e Xiaomi conquistam 1/3 da participação no mercado europeu em 2018

Os fabricantes chineses de smartphones Huawei e Xiaomi registaram um grande crescimento na Europa durante 2018, apesar das tensões com os EUA e das vendas fracas na China.

Os fabricantes chineses de smartphones estão enfrentando dificuldades para vender dispositivos em casa e nos EUA. Queda nas vendas na China e a guerra comercial em curso entre os governos dos EUA e da China fizeram com que estas empresas se concentrassem na Europa. Os consumidores no continente parecem agora estar a valorizar a ideia de uma melhor relação qualidade/preço oferecida pelos dispositivos chineses, dando às marcas chinesas uma oportunidade de crescimento. De acordo com a empresa de pesquisa Canalys, as marcas chinesas capturaram 32% do mercado europeu em 2018, com Huawei e Xiaomi como líderes.

Embora as vendas globais de smartphones na Europa tenham diminuído 2%, as marcas chinesas registaram um aumento de 27% em 2018. Samsung e Apple continuaram a ser as principais marcas na Europa, mas as suas vendas no quarto trimestre de 2018 caíram 1% e 5% (em termos anuais), respetivamente. Por outro lado, Huawei e Xiaomi cresceram 55% e 62%, respetivamente. A HMD Global da Finlândia, que ressuscitou a marca Nokia, viu uma redução de 18% nas remessas. Porém, conseguiu se manter entre os 5 primeiros da região.

O "declínios mais acentuados" foram observados em países com preços médios de venda (ASPs) elevados, incluindo o Reino Unido, a Alemanha e os países nórdicos, devido à inovação mínima, aos preços mais elevados dos novos modelos e ciclos de atualização mais longos. Em contraste, o segmento de smartphones com preços entre 200 e 350 dólares registou um aumento de 20% nas vendas em países com ASPs mais baixos, como Itália, Rússia e Espanha.

Assim como na China, o crescimento da Huawei na Europa baseou-se no sucesso do Huawei Companheiro 20 Series. No geral, a marca vendeu 12 milhões de unidades de smartphones a mais em 2018 em comparação com 2017. Da mesma forma, a Xiaomi se beneficiou da popularidade de telefones acessíveis de alto calibre, como o Pocophone (POCO F1). No entanto, enquanto a Huawei conseguiu vender 13,3 milhões de unidades na Europa durante o último trimestre de 2018, a Xiaomi vendeu apenas 3,4 milhões de smartphones durante o mesmo período.

Ben Stanton, analista sênior da Canalys disse: "A administração dos EUA está a fazer com que as empresas chinesas invistam na Europa em detrimento dos EUA. O mercado europeu está maduro e as taxas de substituição aumentaram, mas existe uma oportunidade para as marcas chinesas deslocarem os operadores históricos do mercado.“Acrescentou que em 2019, as marcas chinesas têm a oportunidade de crescer em todos os segmentos do mercado europeu.


Fonte: PR Newswire/Canalys