O sideload de aplicativos pode chegar em iPhones e iPads já em 2024

A Apple passará por algumas mudanças nos próximos anos, e pode-se ver o sideload de aplicativos se tornando uma opção no iPhone e no iPad.

iPhone 13 Pro Max (esquerda) e iPhone 13 Pro (direita).

Já faz um ano desde Processo da Epic Games contra a Apple. Embora tenha havido pequenas mudanças aqui e ali, a App Store continuou avançando, recebendo uma redução de até 30% de grandes e pequenos desenvolvedores. No entanto, parece que as coisas podem estar a mudar, de acordo com um novo relatório, que afirma que a Apple está a preparar-se para permitir lojas de aplicativos alternativas em seus dispositivos, em um esforço para cumprir os requisitos da União Europeia que devem chegar em 2024.

A notícia é cortesia de Bloomberg, que afirma que há um impulso significativo para a Apple abrir sua plataforma, um impulso que vimos e ouvimos do gosta de jogos épicos no passado e outros desenvolvedores menores. Uma das mudanças mais significativas que podem ocorrer é a capacidade de carregar aplicativos usando serviços de terceiros. Isso permitiria que os desenvolvedores mantivessem o valor total que cobram por seus aplicativos sem pagar até 30% à Apple.

Esses problemas já acontecem há algum tempo, com muitos desenvolvedores e consumidores reclamando da App Store da Apple e da Play Store do Google para Android. Mais recentemente, vimos o Twitter faça algumas mudanças ao seu serviço de assinatura premium devido à forma como a Apple conduz seus negócios. Aumentou o custo mensal do serviço para US$ 11 para quem assina em dispositivos iOS, versus uma cobrança de US$ 8 para quem assina em seu site.

Embora essas mudanças estejam programadas para chegar primeiro à Europa, há uma chance de que possa ser o início da abertura da App Store também em outras regiões. Embora a Apple permaneça calada sobre a situação, o Lei dos Mercados Digitais entrará em vigor nos próximos meses, mudando a forma como as empresas de tecnologia fazem negócios na Europa a partir de 2024. Isso se aplica não apenas a grandes fabricantes de hardware, mas também a empresas de software.

De acordo com o relatório, o trabalho já começou dentro da Apple para se preparar para essa mudança, com alguns dos chefes essenciais da empresa, como Andreas Wendker e Jeff Robbin, ambos envolvidos. Embora não se saiba quando isso virá oficialmente à tona, o relatório afirma que poderá chegar com iOS 17. Uma área que a Apple ainda não cumpriu é o uso de sistemas de pagamento de terceiros e se isso seria permitido no iOS.

Com a introdução do sideload ou carregamento de software de uma fonte diferente da App Store, sempre existe a chance de a segurança do iOS ser comprometida. Para evitar tais problemas, a Apple está procurando diferentes maneiras de proteger seu sistema operacional, como exigir que os aplicativos passem por um processo de triagem e verificação pela Apple. Embora não esteja claro como o processo funcionará, uma vez que não foi finalizado, a fonte afirma que este processo pode ter uma taxa anexada, trazendo alguma forma de receita para a Apple.

Junto com as mudanças acima, a Apple também considerará abrir seu software e hardware para desenvolvedores terceirizados. Até agora, a Apple manteve sua tecnologia isolada, o que significa que algumas experiências de software e hardware de terceiros foram prejudicadas em comparação com os próprios produtos da Apple. Isso inclui câmera, NFC, tecnologias de rastreamento de localização e outros componentes do iPhone e iPad. Embora o iMessage e o RCS também sejam grandes componentes de discussão, aparentemente a Apple não está tomando nenhuma decisão neste momento.

É claro que muitas mudanças estão por vir para a Apple, especialmente na Europa, onde também precisará cumprir regulamentos de hardware que exigem produtos ter USB-C. Isso não é algo específico da Apple, mas a maioria dos outros fabricantes de dispositivos já está em conformidade desde o seu smartphones ou tablets têm USB-C, com a Apple sendo a única resistência com seus iPhones usando o Lightning conector.


Fonte: Bloomberg